Oftalmologista explica quais são os cuidados fundamentais para curtir a estação mais quente do ano sem precisar visitar o médico
Sol, calor e baixa umidade. Esse é o verão brasiliense, uma ótima época para frequentar clubes e, é claro, o Lago Paranoá. Para amenizar os dias quentes e se refrescar sem comprometer a saúde é preciso lembrar que essa estação requer atenção redobrada. Afinal, os raios solares são mais fortes durante esse período, além do uso excessivo de produtos químicos nas piscinas, o que pode prejudicar a pele e também os olhos.
“A mucosa ocular é muito sensível e o contato com agentes irritantes, como protetor solar, areia e poeira levam a inflamações e/ou irritações, que se não diagnosticadas e tratadas corretamente podem prejudicar a visão”, Dra. Cristina Vieira de Souza, oftalmologista do Visão Hospital de Olhos.
Para curtir os dias ensolarados sem desconfortos e visitas ao médico, Dra. Cristina enumera alguns cuidados fundamentais para a saúde ocular.
Tenha cuidado com os olhos ao passar o protetor solar no rosto
Os cosméticos de proteção solar para pele têm diversas substâncias que podem causar alergias. Na hora de passa-los é preciso estar atento para não haver interação com os olhos. “Mas caso isso aconteça, deve-se lavar os olhos com água corrente e procurar um oftalmologista para avaliar o grau de comprometimento, principalmente, se os sintomas de vermelhidão, ardência, inchaço da pálpebra e aquela sensação de areia nos olhos persistirem”, ressalta a Dra. Cristina.
Use sempre óculos de sol com procedência de qualidade
Os óculos escuros não são acessórios durante o verão. É preciso proteger os olhos contra os raios ultravioletas, que são mais intensos nesta época. Por isso, opte sempre por produtos de boa qualidade, que tenham filtros UVA e UVB. “Muitos dos óculos de sol vendidos em feiras têm proteção ultravioleta. Entretanto, não se sabe a qualidade dessa proteção e nem quanto tempo ela dura. A exposição direta dos olhos ao sol pode ocasionar prejuízo à visão com surgimento de pterígio, catarata precoce e alterações maculares”, conclui a oftalmologista.
Lave bem os olhos ao sair da piscina
Os clubes, geralmente, fazem uso de uma grande quantidade de cloro para combater os microrganismos e toxinas encontradas nas piscinas. O contato desse produto químico com a mucosa ocular pode causar conjuntivite química e/ou ceratite, um processo inflamatório da córnea. “Por isso, recomendamos sempre lavar os olhos para que seja removido o excesso de cloro, que pode lesionar a região do olho. Outro cuidado importante é uso de colírios lubrificantes para proteção da superfície ocular e prevenção do ‘olho seco’, muito comum em épocas secas”, ressalta a especialista.