As novas alternativas para controle da doença proporcionam ao paciente menos complicações e recuperação mais rápida
Estima-se que 40% das pessoas com glaucoma não sabem que são acometidas por esta doença, que afeta o nervo óptico e pode levar à cegueira. Segundo o oftalmologista do Visão Hospital de Olhos, Dr. Tarciso Schirmbeck, isso acontece porque o glaucoma não apresenta sintomas perceptíveis para o paciente.
“Essa doença é silenciosa, ou seja, somente numa fase mais avançada o indivíduo sentirá incômodos suficientes para levá-lo a buscar ajuda médica. Além disso, para um diagnóstico apropriado, é necessário realizar o exame detalhado do fundo do olho. E isso, infelizmente, não é feito em muitas consultas, principalmente, porque o paciente nunca quer dilatar a pupila”, destaca o médico.
Outro ponto de alerta é a baixa adesão ao tratamento medicamentoso. De acordo com o especialista, pesquisas mostram que 50% dos pacientes com glaucoma não fazem a aplicação correta dos colírios “Realmente é difícil manter o tratamento sem falhas, pois dependendo da gravidade da situação, a pessoa pode usar até quatro colírios. Ou seja, somente 5% dos pacientes utilizam esses medicamentos de forma correta”.
Diante disso, foram desenvolvidas novas técnicas para um tratamento mais eficaz do glaucoma. “Esses procedimentos – Selective Laser Trabeculoplasty (SLT), iStent, Ciclofotocoagulação Transescleral com Micropulse– são tratamentos cirúrgicos mais confiáveis, com menos complicações e recuperação mais rápida”, enfatiza Dr. Tarciso.
O oftalmologista ressalta que essas novas alternativas proporcionam um controle mais adequado da pressão intraocular, podendo, até mesmo, eliminar a necessidade de uso de colírios. “Sem contar a melhora dos problemas visuais, em longo prazo, é bem melhor, o que reduz de forma importante o risco de cegueira”, conclui o especialista.