Oftalmologista explica que esses comportamentos, muitas vezes, são confundidos erradamente com TDAH
Falta de atenção, pouco interesse nas aulas, baixo rendimento escolar e, principalmente, inquietação. Esses comportamentos, na infância, podem ser facilmente confundidos com sintomas de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
Entretanto, segundo o oftalmologista pediátrico, Dr. Tiago Ribeiro, do Visão Hospital de Olhos, isso tudo pode ser apenas sinal de problemas de visão. “Criança com desatenção ou desinteresse na escola merece foco especial, pois ela pode estar com baixa visão ou alguma dificuldade de enxergar. E isso pode impactar fortemente no interesse dela nas aulas, por exemplo”, explica o médico.
Por isso, quando o neuropediatra está investigando o TDAH é solicitada também a avaliação de um oftalmologista. “Esse é um dos primeiros passos, já que a investigação do TDAH só pode continuar após a criança usar óculos de grau, caso seja diagnosticado o problema ocular”, destaca Dr. Tiago.
Mas os pais não precisam esperar serem chamados no colégio. É possível evitar esses transtornos com idas regulares ao oftalmologista, já que muitas alterações no olho não dão sinais e são diagnosticadas apenas pelo médico. “Algumas crianças têm uma visão muito boa em um dos olhos e têm quase 5 graus no outro. Os pais não irão notar e os pequenos vão continuar sem enxergar direito, mas levando uma vida próxima do normal, já que um dos olhos não tem problema”, esclarece o especialista.
Dr. Tiago conta que a maturação neurológica da visão vai até os oito anos de idade. Desta forma, os cuidados oculares devem começar no nascimento, com o teste do olhinho, e ter uma frequência maior durante os primeiros anos de vida. “O recomendado é que, até dois anos, a criança visite o médico a cada seis meses. Após essa idade, se não houver uma doença que necessite acompanhamento, as consultas podem ser anuais”, conclui.