Cirurgias plásticas na região ocular aumentaram durante a pandemia
Oftalmologista acredita que o crescimento de 30%, em média, foi devido ao uso de máscaras de proteção, que cobriram o rosto e destacaram os olhos
Nem só de abdômen, nariz e seios vive a cirurgia plástica. Desde o início da pandemia, os olhos se tornaram protagonistas do corpo humano. Isso porque as máscaras de proteção facial cobriram o restante do rosto, destacando fortemente o olhar.
Quem nunca se preocupou com olheiras passou a tentar escondê-las com maquiagem. Já aquelas “pelezinhas” a mais na pálpebra, ou mesmo as bolsas de gordura abaixo dos olhos, começaram a incomodar.
“Antes do uso da máscara, nem todo mundo dava importância para a estética da região ocular. Agora os olhos estão em evidência e as pessoas começaram a se preocupar mais, buscando uma alternativa de correção para esse problema”, explica Dra. Taynã Miranda, oftalmologista especialista em plástica ocular, do Visão Hospital de Olhos.
Segundo a médica, a bleferoplastia, como é chamado esse tipo de intervenção cirúrgica, teve um aumento de 30%, em média. Outro fator que contribuiu para esse crescimento foi a possibilidade de não precisar se ausentar do trabalho. “O home office propiciou um pós-operatório mais tranquilo. Muita gente não gosta de apresentar atestado e trabalhando em casa é possível fazer repouso e colocar as compressas frias indicadas”, esclarece a especialista.
Dra. Taynã ressalta que as cirurgias oculares, além do aumento da autoestima, também ajudam a melhorar a saúde. “Tirar o excesso de pele das pálpebras, por exemplo, deixa o olhar mais leve, aumenta o campo de visão e diminui a elevação frontal para abertura ocular, que pode causar dores de cabeça, se não for tratada”, conta a oftalmologista.
Para quem acha que só jovens recorrem a esse procedimento, a especialista comenta que os idosos dominam essa área. “Pessoas mais velhas procuram bastante essas correções, pois o envelhecimento provoca flacidez da pele, o que acaba incomodando esteticamente e dificultando a abertura dos olhos. Já as mulheres são o segundo público mais frequente. Porém, homens também procuram essas alternativas de cirurgia, ainda mais agora, com o ‘boom’ das selfies nas mídias sociais”, conclui a médica.