Cirurgia refrativa desobriga o uso de óculos de grau
Oftalmologista explica que o procedimento é mais indicado para pessoas a partir dos 21 anos e que tenham estabilidade do grau nos últimos 12 meses
Quem usa óculos de grau obrigatoriamente já desejou, ao menos uma vez, deixa-los em casa. Isso porque eles ajudam a melhorar a visão, mas são grandes empecilhos em algumas situações. A cirurgia refrativa é uma alternativa para aqueles que não enxergam direito e se sentem muito incomodados com o uso dos óculos.
O oftalmologista Frederico Nobre Baleeiro, especialista em cirurgia refrativa, do Visão Hospital de Olhos, explica que o primeiro objetivo deste procedimento não é zerar o grau do paciente e, sim, tirar a dependência dos óculos. “Buscamos melhorar a qualidade da visão do paciente. A cirurgia pode, num bom número de casos, zerar o grau, mas o propósito maior é atenuar ao máximo este grau, em conformidade com as condições oferecidas pela córnea do paciente, para retirar, sempre que possível, a obrigatoriedade do uso de óculos.”
A recomendação é que a cirurgia seja realizada em jovens e adultos que apresentam mais de um grau de refração. “Este procedimento é mais indicado para pessoas que tenham 21 anos, no mínimo, pois é a partir desse período que o desenvolvimento do grau se estabiliza. O paciente deve ser analisado por um período de 12 meses, com intervalos de seis meses, para confirmar o grau e garantir a estabilidade”, ressalta o médico.
O especialista tranquiliza aqueles que se interessam pela intervenção cirúrgica. “A refrativa tem um pós-operatório tranquilo, com recuperação visual rápida e pouca queixa de dor, se considerar a intervenção pela técnica LASIK”. Contudo, ele alerta que, para preservar os benefícios da cirurgia por vários anos, é preciso que o paciente, na avaliação pré-operatória, seja corretamente indicado para o procedimento.
“O médico tem que considerar as análises de regularidade no relevo da córnea e de sua espessura, bem como um propício estado retiniano. Além disso, o paciente deve seguir as recomendações médicas após o procedimento, mantendo uma rotina de acompanhamento periódico com o oftalmologista”, finaliza Dr. Frederico Nobre Baleeiro.