Saiba quais são as 5 doenças oculares mais comuns na velhice
Com o passar do tempo o corpo não é mais o mesmo, ficamos mais lentos, a memória não ajuda, não temos tanto equilíbrio e já não enxergamos tão bem assim. Enfim, esse é processo natural do envelhecimento!
Confira as principais as doenças oftalmológicas que acometem os idosos e saiba como manter a saúde ocular em dia.
Presbiopia
O cristalino – lente do olho que dá o foco dinâmico – começa a endurecer após os 40 anos, dificultando sua funcionalidade. Dr. André Seabra, oftalmologista do Visão Hospital de Olhos, explica que é como se o foco da câmera do celular ficasse lento, provocando demora no foco das pessoas ou dos objetos na hora de tirar a foto. “É a famosa vista cansada! Aquela dificuldade de enxergar de perto, que vai piorando com o passar dos anos e chegando a seu ápice próximo dos 60 anos”, esclarece o médico.
Mas não se preocupe, felizmente, já existem cirurgias rápidas e práticas para corrigir este problema.
Catarata
A catarata é continuação do envelhecimento do cristalino. Inclusive, especialistas já discutem a Síndrome Disfuncional do Cristalino, que engloba presbiopia e catarata. Além de endurecer após os 40 anos, o cristalino começa a perder a transparência, ficando significativamente opaco após os 50 anos e levando a essa doença, que é a principal causa de cegueira reversível do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
“O embaçamento ocorre pelo aumento da concentração de proteínas e a elevação de água dentro do cristalino, comumente relacionado com idade, exposição solar, diabetes e uso de medicamentos como corticoide”, ressalta Dr. André Seabra.
Ele acrescenta que 70% da população tem indicação de cirurgia de catarata entre os 50 e 70 anos. Esse procedimento consiste em trocar o cristalino embaçado por uma lente intraocular, que pode, muitas vezes, livrar o paciente do uso de óculos.
Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)
Com o passar dos anos, mais especificamente por volta dos 50 anos, ocorre o acúmulo de “sujeira” na retina, por meio de substâncias que causam uma distorção de imagem e podem levar à perda da visão.
“Para prevenir essa concentração de “sujeira”, que leva à degeneração macular, é preciso ter uma dieta equilibrada, com ingestão de folhas verde escuro – como espinafre, agrião, rúcula e couve – cajá, brócolis, milho, abóbora japonesa, gema de ovo, entre outros alimentos que ajudem a manter a saúde ocular”, indica o médico.
Olho seco
Em Brasília, vivemos num verdadeiro deserto brasileiro, com clima extremamente seco. Estamos acostumados a hidratar a pele, os cabelos e os lábios, mas esquecemos dos olhos. Na terceira idade, junto com a seca, os olhos são naturalmente ressecados, pois as glândulas hidrantes se tornam ineficientes.
“Além disso, as quedas das pálpebras e as alterações de cílios dificultam a circulação correta das lágrimas, piorando os quadros de olho seco”, comenta o oftalmologista.
E diferentemente do que muitos pensam, o lacrimejamento excessivo, muito comum no olho seco, não é sinal de hidratação ocular. “Se tomarmos vários banhos ao dia, a pele e o cabelo vão ficar secos ou hidratados? Extremamente secos! No caso dos olhos é a mesma coisa. Lacrimejar demais não significa que o olho está hidratado. Desta forma, é fundamental o uso de colírios lubrificantes e, por vezes, até cirurgia nas pálpebras para melhorar esse problema”, destaca Dr. André Seabra.
Glaucoma
Um dos motivos da incidência de glaucoma em idosos é justamente o surgimento da catarata, pois o embaçamento do cristalino ocorre junto com seu aumento, podendo causar obstrução do canal de saída do líquido intraocular.
“Por isso, é fundamental a consulta oftalmológica preventiva, pois não existe outra forma de avaliar pressão intraocular”, enfatiza o especialista do Visão Hospital de Olhos.