O fenômeno é razoavelmente conhecido como “ilusão de luminosidade”.
O fenômeno é razoavelmente conhecido como “ilusão de luminosidade”, e explicado nessa imagem clássica, tirada da Wikipédia:
Na foto, A e B têm a mesmíssima cor. Mas o que está em volta faz a parte do cérebro responsável por formar a imagem presumir a cor “certa”. Afinal, o que vemos normalmente na nossa vida na verdade é uma aproximação da realidade. Explica a Wikipédia (baseada neste artigo do MIT):
“É uma “ilusão” que mostra o sucesso do sistema visual. Não é um bom medidor de luz, mas esse não é o seu propósito: se o sistema visual se baseasse apenas na luminância, não distinguiríamos uma superfície branca mal iluminada de uma superfície negra muito iluminada. A capacidade que o sistema tem para o fazer é aquilo a que se chama a “constância da luminosidade”.
A explicação mais longa é que o olho humano foi adaptado para enxergar com a luz natural. E nós estamos o tempo todo “descontando” a variação de cor da luz solar, do alaranjado pela manhã, ao dourado do meio-dia, ao azulado-lilás de tardinha, para tentar formar algo próximo da cor real. “Então as pessoas ou tentam descontar o lado azul, o que no caso faz elas perceberem o vestido como branco e dourado, ou descontar o lado dourado, o que no caso faz você chegar ao azul e preto”, disse Bevil Conway, neuroscientista da Wellesley College nos EUA, que estuda a visão, à Wired.
Ele e outros cientistas confirmaram que o escândalo do vestido foi um fenômeno de viés de percepção visual bastante único. E seria só mais um entre vários (lembra das lhamas em fuga, no mesmo dia?), se não fosse o fato de que, com as redes sociais, todo mundo estava olhando para a mesma imagem, e discordando. Aí deixou de ser só uma curiosidade científica para ser uma amostra inequívoca do alcance global das bobagens virais, os memes, que se formam e morrem todo dia. E, cá entre nós, poderia ser bem pior. Ninguém brigou de verdade, e acabamos aprendendo uma informação científica de bônus.
Fonte: Notícias Yahoo